quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Fogo Cruzado



Amigo e/ ou Inimigo são duas palavras que penso bem antes de usar. A primeira em razão de (eu) ter feito poucos amigos ao longo da vida; não mais que 20, eu acho. A segunda eu nunca usei, já que não tenho desafetos que possam ter passado o limite do mesmo.
Se eu tivesse um inimigo com certeza o queria ver morto ou bem fodido, pois é isso o que se deseja a um inimigo.
Percebo que alguns dos meus têm trocado farpas ou estão armazenando mágoas um contra o outro. São amigos meus que quero o bem e não vou interferir nisso, mas  percebi que algumas amizades  se foram e sou grato por ninguém me pedir pra tomar partido nas pelejas.
Dia desses falava com uma pessoa que dizia não suportar alguns amigos de seus amigos. Não eram amigos em comum, não estavam ou compartilhavam o mesmo ambiente, mas havia forte rusga que causava atritos “verbais”. É possível entender isso, mas também é possível não entender.
Tenho uma doutrina bem simples: se não gosto de você eu não falo “bom dia”, não pergunto como foi o seu dia, não te sigo no twitter ou participo da sua rede social... Não quero saber da vida de pessoas que não gosto.
E como disse a Letícia hoje, gostar ou não gostar da pessoa não quer dizer que ela é boa ou má. Aos meus olhos o que pode ser um cara brincalhão ou palhaço, pode ser um bastardo machista que faz piada com fogão, pia, etc. para algumas amigas minhas.
Sou seu amigo, não dos seus amigos, mas devo respeitar suas opções. Se não quiser sair comigo hoje e sair com outros, ou no dia que levar um pé na bunda eu posso estar com outros amigos e não te dar colo.
O amigo entende, sabe que todos são humanos. Amigo não é um ser supremo sem defeitos, que não dá mancada, que não te deixa esperando. O amigo é igual a você; cheio de defeitos.
E colega e amigo são coisas diferentes.


Considerações:

AMIGO = PALAVRA CAFONA
RESPEITAR = NÃO QUER DIZER QUE CONCORDO

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Pessoas que deixam de ser interessantes.


Pessoas que deixam de ser interessantes.

O mundo pela televisão é virtualmente mais real, as pessoas se amam mais, se odeiam mais, pensam mais, perdoam mais e até, quem sabe, dormem mais e trabalham muito menos. Saltando da tela para a vida real, as pessoas travam suas guerras, correm em suas pistas, derrubam, se esbarram, se esvaem, caem, ficam, levantam e sempre prontos a deixar o semelhante na lama, a individualidade através da dualidade. É bem verdade que as guerras precisam das armas, como as armas necessitam das guerras. Nesse amontoado de pessoas, nossos olhos vêem o que desejam ver, inventam novas paisagens e pessoas cruzam nossas vidas, pessoas que sabem fazer arte, pessoas que não sabem, mas, sobretudo, pessoas que, de um modo ou de outro, nos atrai por algum tipo de interesse enquanto sociedade que somos, mas isso não permanece com todas elas. Algumas pessoas nasceram com o dom de se tornarem violentamente desinteressantes, elas não promovem mais papos extrovertidos, nem mudam o cronograma de suas ações, elas te ligam e o papo morre, elas te encontram e os olhos dizem tão pouco quanto o "oi" reprimido. A verdade é mesmo que esperamos das pessoas coisas que elas possivelmente não poderão nos dar, e elas tampouco sabem disso, então, vulgarmente, do alto do egoísmo e prepotência,  aparecemos julgando essas pessoas por serem limitadas. Doce pecado. Há pessoas que, livremente, continuam interessantes a medida que continuam os passos de um primeiro contato efusivo, confesso que são raras. Mas é importante ressaltar que, embora elas possam ser uma decepção particular, ainda assim, elas arriscam estarem próximas de outras conquistas, pois, algumas se tornam desinteressantes a medida que deixam de pensar na felicidade como um projeto coletivo e partem rumo ao paraíso sobre um mar de utopias. E acordam sozinhas, horas depois. Outra versão pode ser a de que, verdadeiramente, as ações de cada pessoa são hologramas para outras, o que explicaria as diversas teorias de universo paralelo, ou seja, pessoas desinteressantes são assim justamente porque o universo equilibrou-as para outras pessoas desinteressantes. Veja que ironia: Não há interesse nelas, mas surge do desinteresse particular uma espécie de atração. Por fim, gostaria de concluir que, apesar das pessoas se tornarem desinteressantes, elas volta-e-meia conseguem se desvincular dessa promessa de fracasso, mas depois se deixam corromper novamente, quem sabe isso seja somente instabilidade emocional. Ou doença mental.

Pessoas desinteressantes são como os ídolos do verão: Satisfazem hoje. E logo outros parecidos virão.