Não sei pra onde você se foi, não sei o que você pensa agora, não sei quantas vezes estivemos juntos, não sei se estaremos juntos novamente, creio que sim, não sei porque aconteceu, não posso entender. A natureza é um devaneio, os filhos dela, por vezes, insensatos. Umas estrelas apagam e permanecem vivas, sem rumo, sem razão, servindo apenas as trevas, já outras brilham demais e têm seu brilho roubado pelas estrelas apagadas. Toda vez que uma estrela muito brilhante se apaga, tem seu brilho subtraído, é um pouco de sangue que para de bombar em nossos corações, nos corações dos que recebiam a luz daquela estrela e sentiam a felicidade daquele sorriso invadir suas almas. Nenhuma injustiça é passível de entendimento, somos sensíveis, indefesos e sucumbimos, de verdade, diante da fatalidade, do iníquo, da crueldade, de tudo que julgamos errado e totalmente injusto, mas - sendo a vida e a natureza um turbilhão de sensações e ações aleatórias - temos que levar adiante o que restou e fazer a estrela brilhante garantir seu espaço no hall da imortalidade e sei que nenhum de nós - desses que amaram o brilho da estrela - deixamos apagar essa chama em nós, essa luz, essa lembrança que vai ficando vaga com o passar dos anos, porém, também mais valiosa a cada dia. O nosso amigo João Guilherme é eterno porque deixou em nós suas ambições e a certeza de que viver sempre valerá a pena.
"O mal, é evidente, não ficará sem castigo, mas a geração dos justos é livre." (Provérbios 12:21)
Sinceramente,
Rodrigo Seledon.
Nenhum comentário:
Postar um comentário