domingo, 1 de maio de 2011

Platonismo

Vê, ainda, que consigo está ausente
Já não se acompanha, nem se compreende
Vez ainda, está presente: para aqueles que deixara emaranhar
nos fios destes teus cabelos negros, Eva serpente.

Porque eles não te esquecem: te odeiam e desprezam.
Mas desmanchariam todas suas rezas -e promessas-
Por teu retrato: teu sorriso falso
e tua fugaz companhia.
Aufeririam máscaras, para combinar com as tuas.
E chorariam novamente...
Após conseguirem teu desprezo e
tua covardia.

Também covardes se camuflariam: de inocência. E maldiriam ao mundo a essência que não conseguiram possuir.

Mas continuariam com a sua janela aberta,

E te esperar em noites,
Serão seus dias.

Um comentário:

Duerer Carvalho disse...

...simplesmente a "essência", que parece tão pouco, mas tão difícil de se obter (ou entender).

Como sempre, Ana: perfeito.