quinta-feira, 21 de outubro de 2010

O Baú do Raul Revirado

"...Você como uma planta teimosa
Cresce cada dia...
Se enrosca em meu único tronco!
Não é que ele fraqueje
É que o veneno é fatal
O pouco-a-pouco é um porto seguro
O desvairado raio
que rápido se rompe!
Nu.
Sem armas para o duelo
O qual conheço o fim
Eu sei de mim
Não; nunca. Jamais de teus segredos
Meios, maneiras, manuseios
Não lhe peço que me poupe
Arranque o que é de legal
Fortifique tua ilha
Invista contra meu vacilo
Continue a comer da maçã
Já mordida por mim
Eu não falo pois a voz
Está em ti.
Não te invejo,


No fim és mesmo o que eu queria sentir"


Raul Seixas










Confesso que não sou MUITO fã do Raul Seixas, eu gosto.
Mas ler o o Baú do Raul e não admira-lo pelo artista que foi, é uma bobagem.
Não só como músico, poeta,cinéfilo, enfim.
Quem ler e continuar não gostando,admirando de alguma maneira, um respeito vai ter,certamente.
O livro todo é escrito pelo próprio, é foda. 

Um comentário:

Relatos Avulsos disse...

Raulzito é da mesma linha do Tim Maia. Só teve o reconhecimento devido após a morte.
Um dos defeitos terríveis desse país.
"Novo Aeon" de 1975 é o meu disco preferido.

"O diabo é o pai do rock".