segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Eleições presidenciais e a rivalidade que virou xenofobia



Dilma Rousseff, mineira de nascimento, gaúcha por devoção e declarada oficialmente presidente da República Federativa do Brasil de forma incontestável por 58% dos votos válidos. Com sua vitória resta a esperança de que ela cumpra as suas promessas de campanha e todo o blablablá que os políticos sempre fazem durante os pleitos eleitorais. Em suas mãos está a sétima maior economia do mundo que cresce a passos largos, que faça jus ao seu antecessor. Quem me conhece sabe que não votei nela por ter minhas razões, agora a esperança se renova nas mãos da nova presidente que, independente de sua ideologia, será nossa governante nos próximos quatro anos.

Porém, após o final de tudo isso, ficou um mal assustador, o reflexo das campanhas agressivas, ofensivas e, por muitas vezes, mentirosa de ambos os lados. A nós, nordestinos, caiu a culpa de tê-la eleita. Atribuída a nossa ignorância, nossa falta de costume, nossa ausência de inteligência e de educação foi dada a responsabilidade de eleger a sucessora do Lula e, de quebra, foi nos atribuído também mais alguns problemas, quem tem Twitter sabe do que estou falando, basta digitar 'nordeste' na barra de busca do Twitter que se encontra facilmente textos como 'Nordestinos burros, elegeram o monstro' ou 'José Serra Presidente do Brasil, apenas da parte que importa do Brasil'. Algo que lembra 2002, quando FHC deixou o poder para Lula assumir e, apesar de seus altos e baixos, conseguiu sim fazer um grande governo.




Escrito por @willameee em um passado recente.

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